10 de abril de 2021

Vozes que partem!

 

Infelizmente, a região de Viseu nunca teve “grande voz” junto dos poderes políticos da capital. Nós somos mesmo o interior do país, não temos partilha de fronteira com Castela, nem com o mar. De tempos a tempos “colam-nos” determinados substantivos para nos diminuir e justificar algumas decisões contrárias aos nossos interesses. Alguém compreende, quando se vai para o litoral sul ao para a Lusa Atenas temos de ir num carreiro de formigas que é o Ip3? É aceitável a solução que neste momento estão a desenvolver? Já se deram ao trabalho de analisar o “PRR”, mais conhecido por “bazuca” em relação ao que tem previsto para o interior? Outra situação inaceitável que infelizmente já caiu, a não criação da Universidade Pública em Viseu, talvez, o projeto mais consistente e adequado que foi concebido no país, de ensino superior nos últimos cinquenta anos.

Assim sendo é com grande tristeza que vemos partir duas vozes da região, vozes que ultrapassaram as barreiras naturais e psicológicas que nos ditaram. Vozes que tinham orgulho das suas raízes e defendiam o interior como poucos. São essas vozes quem fazem falta, porque eram “vozes com ideias”, “Vozes com ação no terreno”.

Apesar de serem de quadrantes políticos diferentes, admirava os dois e vendo bem, até não eram tão diferentes como isso. Defendiam as suas causas e analisando os tempos que correm, admira ver alguém que objetivamente não tinha culpa, assumir a “culpa política”, mesmo que em tempos tenha dito “quem se mete com o PS leva”. Duas pessoas com ideias para o interior e sem sombra de dúvidas ficámos mais pobres e com menos voz.  

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