O sol ainda não despertara, os galos coitados despertavam um poucos confusos, porque a sua tarefa diária de despertar tinha sido substituída pelo sino. Domingo de Páscoa, o dia começava cedo, os foguetes estrelejavam no ar e a maioria de nós rumava à Igreja Matriz de Santa Eulália. Parece estranho, hoje não o ser assim. Ouvimos os sinos, nas horas habituais, mas vive-se um domingo como qualquer outro domingo sem ser um domingo grande, um Domingo de Páscoa. Mas para todos os efeitos, hoje é Domingo de Páscoa. A mesa talvez seja farta, esperamos nós que as pessoas respeitem o confinamento, mas não o sei…e aquilo que vi…uns sim…outros nem por isso.
Mas, naquele domingo de Páscoa
de Besteiros, as cerimónias começavam com a procissão de Cristo Ressuscitado a percorrer
as ruas da vila, descia a rua hoje designada Avenida Santa Eulália, entrava na
Afonso Costa e passava defronte o Santuário de Nossa Senhora do Campo e
regressava à Igreja Matriz. Dia de roupa nova, de calçado novo que apertava nos
pés, antes tinha sido dia de levar o ramo à madrinha para que o folar fosse farto.
Memórias, mas apesar das
diferenças para todos o desejo de uma Santa Páscoa e que para o ano viva-se uma
Páscoa diferente.
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