Vamos esclarecer, quem
fez cem anos, ou seja, quem foi centenário e mereceu todos os encómios, foi o
Besteiros Futebol Clube, por essa razão, tem de ser e deveria ser uma parte
envolvida na decisão do sintético, mesmo tendo em consideração a infraestrutura
e sobretudo prazos. O terreno é pertença da freguesia de Campo de Besteiros em
que a entidade administrante é a Junta de Freguesia que tem os seus
representantes, devidamente eleitos, mas o homenageado é o Besteiros Futebol
Clube, que foi desapossado do seu campo, o campo da Neuza, digo, do seu campo. Assim
seja, seria curial, o Besteiros Futebol Clube, isto é, a direção, associados
estarem a par das démarches, termo francês, mas que podemos resumir, o que se
fez, o que se pretende fazer, ou seja, o ponto da situação. Assim, quem vai
jogar e tem projeto para utilização do sintético é o Besteiros, que desde há
muito batalhou por ele, que saiba não a Junta de Freguesia.
Mereceu louvor o Besteiros
Futebol Clube, mereceu a presença até do senhor secretário de Estado da
Juventude e Desporto Dr. João Paulo Rebelo que muitos nos honrou a nós
besteirenses e nessa hora, manifestou a sua disponibilidade em apoiar esta
obra, entenda-se, o sintético. Mais tarde, o Presidente da Câmara Municipal de
Tondela deu a notícia, deu o presente, ao Besteiros Futebol Clube da instalação
do sintético. Obviamente, até poderíamos colocar a hipótese por comodato, de
ser entregue administração ao Besteiros Futebol Clube do terreno, por um
período de cinquenta anos, mas diga-se situação que não teria interesse nenhum,
neste momento.
Sabemos quem muito lutou
pelo sintético foram as direções que se sucederam no Besteiros Futebol Clube,
sempre foi uma bandeira, uma causa, um objetivo, uma razão, um lamento, para
alguns considerado utópico. Mesmo “nós” que não somos nada, muitas vezes, o
escrevemos, na Folha de Tondela, ou aqui, neste espaço, ou o afirmámos em plena
voz, nas próprias assembleias do Besteiros, da importância do sintético.
Curiosamente, “nós” abordámos esse assunto, antes até de existir, algum no
concelho, entenda-se, o sintético. Isso está escrito, obviamente que outros já
tinham pensado, até de certeza, falado, antes do ovo ser ovo, ou da galinha ser
galinha.
Era importante e já sem ironia que houvesse luz sobre o assunto, os prazos fossem cumpridos e o sonho fosse realizado.
Joaquim Calheiros
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