Sempre admirei aqueles
que de maneira simples, através de quadras ou versos transmitem o amor, os
sentimentos, as histórias do quotidiano, os lugares de coração. Esses versos
dão sentido às “coisas” que não são mundanas, antes pelo contrário, dão-lhe
essência, dão-lhe vivência, a vivência daqueles que as escrevem, não burilando
os textos, não selecionando as palavras, mas somente aquelas palavras que para
eles melhor expressam o sentir. Assim sendo, de forma simples louvam, exaltam o
que é deles, mas também é nosso. Gosto de sobremaneira da poetisa popular
Olinda Marques de Sousa, infelizmente já não se encontra em nós, mas deixou-nos
os seus versos e o seu amor por alguns lugares, festas, santos de eleição do
vale e da serra.
Dela, Olinda Marques de
Sousa encontra-se um poema no lavadouro público de Campo de Besteiros, que
resume a sua importância, na vida quotidiana da nossa freguesia. Poema simples,
mas rico de expressividade, de amor. Que bom são as coisas simples da vida, que
bom é ser de Besteiros.
Joaquim Calheiros
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