9 de maio de 2020

MEMÓRIAS DE BESTEIROS 16

MEMÓRIAS DE BESTEIROS 16

 

 

Quando se viaja, por terras distantes dos grandes centros e dos roteiros turísticos, descobre-se outros mundos e ao mesmo tempo, nos apercebemos que de onde viemos é um sítio tão pequenino, mesmo tão pequenino que se perde na imensidão que é o mundo. Mas de tão pequenino que é, foi para nós, como o centro do mundo. Ao mesmo tempo temos a sensação que somos reis, sim, podemos ser reis, mas não reparámos que não temos reino, nem soldados, nem armas. Mesmo assim, não deixa de ser a nossa terra, o nosso pequeno mundo, mas para qual olhamos com outros olhos, uns olhos mais de ver a realidade que resulta da distância e das vivências que transportamos.

Nesses olhares valorizamos pequenas coisas, que para outros serão dispensáveis, mesmo aviltantes para quem se sente rei, em terras tão pequenas, mas sem discernir essa realidade. Pensamos nós, que a tecla é uma arma, até nos convencemos que o computador ou o telemóvel são couraças que nos protegem e, entrincheirados no reduto cada um, decidimos “guerrear meio mundo”, já que o outro com a tragédia que vive, coitado, nem para isso tem tempo.

Mesmo assim, Campo de Besteiros, que bonito teria ficado, só Besteiros, era assim que os nossos antepassados queriam, provavelmente uma minoria, já que vingou, antes colocarem Campo. Desculpem, adoro dizer que sou de Besteiros, talvez por ter nascido, no Seixo.

Sejam cientes que Campo de Besteiros é a terra mais bonita do mundo, porque é a minha terra, só não é o centro do mundo, porque o mundo tem muitos centros, o centro de cada um!

Cuidem-se, porque a batalha ainda agora vai no começo.




Nenhum comentário:

-------------------------------Um baú de histórias e memórias--------------------------------