NOSSA SENHORA DO CAMPO, A TI SENHORA ROGAMOS!
Corria o ano de 1636,
pleno século XVII, o mar estava alterado, era daquelas tempestades que gelavam
o coração e nada de bom se esperava. O Padre André Loureiro de Mesquita
regressava do Brasil conjuntamente com outras pessoas viu-se numa situação
aflitiva em que as ondas a qualquer momento ameaçavam esmagar a nau que os
transportava. A fragilidade do ser humano perante a natureza em que diante dos
seus olhos aguardava-se pela onda que os iria naufragar. Desse tempo, chega-nos
o relato que a nau foi “assolada por uma tormenta tão grande e desfeita”.
Perante tamanho perigo, de joelhos, erguendo as mãos à Nossa Senhora do Campo
pediram com fé a intercessão dela para os salvar.
Padre André de Loureiro Mesquita
acreditava que Nossa Senhora do Campo protegia os seus filhos, mesmo, no alto
mar. Conseguida a graça e já em águas calmas, o Padre André fez um peditório
junto dos seus companheiros de viagem e chegado a Lisboa comprou “uma fermosa
alâmpada de prata, que tem na circunferência estas letras este alampadário de
prata mandou fazer o Padre André Loureiro de Mesquita, era de 1636”.
Infelizmente, desse
lampadário não existe vestígio, o mesmo deve ter sido roubado pelas tropas
francesas, aquando da terceira invasão, já que o santuário sofreu alguns
estragos, nessa época.
Padre André Mesquita,
natural de santa Eulália acreditou e rogou com fé a Nossa Senhora do Campo, a
graça foi-lhe concedida.
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