26 de março de 2020

NOSSA SENHORA DO CAMPO, A TI SENHORA ROGAMOS!

NOSSA SENHORA DO CAMPO, A TI SENHORA ROGAMOS!


Corria o ano de 1636, pleno século XVII, o mar estava alterado, era daquelas tempestades que gelavam o coração e nada de bom se esperava. O Padre André Loureiro de Mesquita regressava do Brasil conjuntamente com outras pessoas viu-se numa situação aflitiva em que as ondas a qualquer momento ameaçavam esmagar a nau que os transportava. A fragilidade do ser humano perante a natureza em que diante dos seus olhos aguardava-se pela onda que os iria naufragar. Desse tempo, chega-nos o relato que a nau foi “assolada por uma tormenta tão grande e desfeita”. Perante tamanho perigo, de joelhos, erguendo as mãos à Nossa Senhora do Campo pediram com fé a intercessão dela para os salvar.
Padre André de Loureiro Mesquita acreditava que Nossa Senhora do Campo protegia os seus filhos, mesmo, no alto mar. Conseguida a graça e já em águas calmas, o Padre André fez um peditório junto dos seus companheiros de viagem e chegado a Lisboa comprou “uma fermosa alâmpada de prata, que tem na circunferência estas letras este alampadário de prata mandou fazer o Padre André Loureiro de Mesquita, era de 1636”.
Infelizmente, desse lampadário não existe vestígio, o mesmo deve ter sido roubado pelas tropas francesas, aquando da terceira invasão, já que o santuário sofreu alguns estragos, nessa época.
Padre André Mesquita, natural de santa Eulália acreditou e rogou com fé a Nossa Senhora do Campo, a graça foi-lhe concedida.

Nenhum comentário:

-------------------------------Um baú de histórias e memórias--------------------------------