27 de março de 2020

CAMPO DE BESTEIROS, HISTORIANDO!


Campo de Besteiros, Historiando! 


Todos os dias, mesmo, todos os dias, trezentos e sessenta cinco dias no ano, ou como este ano, trezentos e sessenta seis dias, penso no meu torrão natal, na “bela adormecida” e na minha serra, o Caramulo. Todos os dias, a memória enche-se imagens de tempos idos, que não voltam em que calcorreava os caminhos, as veredas, em que inspirava o ar puro deste cantinho único que é o vale de Besteiros. Ser de Besteiros fiquem cientes é ser diferente, mesmo, somos diferentes, mas orgulhamo-nos disso, ser diferentes. Aqui não importa ter bebido água na Fonte do Bico, ou na da Póvoa, muito menos na do Calvário, diziam alguns, a melhor, aqui interessa ser devoto de Nossa Senhora do Campo, sim, acreditamos na Nossa Senhora do Campo que nos protege. Para os mais jovens nunca souberam, ou, irão saber, o prazer de mergulhar na Pedra Furada, ou mesmo, na Tabuaça. Os nossos dias eram regidos pelo toque do sino da Igreja Matriz e das sirenes das fábricas, a Velha e a Nova.
Na hora de despegarem do trabalho era um enxame de gente, a pé ou de bicicleta, a avenida Afonso Costa enchia-se como por magia da vozearia dos operários besteirenses.  (continua)

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