QUANDO NEVAVA EM BESTEIROS!
Esta foto foi extraída com o devido respeito do sitio https://www.happybicycle.pt/lx10-pax-padeiro-restauro-bicicleta/ |
Aqui neva, não, em Campo de
Besteiros, mas aqui neva, neste cantinho de Portugal, bem longe do nosso vale
de Besteiros, dos nossos ares, dos nossos pomares. Aqui neva, na terra onde me
encontro, que apetece, como nos tempos de criança, ir para a rua, fazer um
boneco de neve, mas manda as regras que fiquemos em confinamento. Apetece, mas
não, temos de ficar em casa, ver da janela. Mas como sempre, nos nossos tempos
de criança é para aí que vai a nossa memória, para o nosso Campo, para o vale
de Besteiros.
Quando nevava em Campo de Besteiros,
nevava a sério e, a primeira lembrança que tenho é do ano de 1969. Tudo branco,
as ruas pejadas de neves, com muito poucos rodados, também, os veículos
automóveis não eram muitos. Lembro-me e, uma imagem que retive na memória foi
dos padeiros com as suas bicicletas com os cestos do pão. Bons tempos, em que
todos tínhamos o pão à porta e com que sabor. Fosse da padaria de Fermentelos,
ou da padaria da Corte, todos os dias, pela manhã, chegava o pão. Lembro-me do
António Padeiro a arrastar a bicicleta à mão, em grandes dificuldades, mas intrépido,
os seus clientes não ficariam sem pão. Essa imagem ficou, essa como do António
Roxo da padaria de Fermentelos, nas mesmas dificuldades, mas não seria um nevão
que os obrigaria ficar em casa.
Lembro-me, mais tarde de outros
nevões, já jovem adulto em que nos divertimos, no campo de futebol com uma
jogatana. Quase não se corria, os pés não se sentiam, o nariz pingava, alguns
em calções, tipos heróis, parecia que era um jogo da taça de campeões, disputados
em campos, nos países da Europa do Leste.
Agora, como temos algum tempo, pedia
aos leitores destas memórias que as partilhassem comigo as suas histórias,
porque ao partilharmos as nossas memórias fazemos a História da nossa terra, do
nosso Vale de Besteiros. No caso de quererem partilhar, enviem para o mail: campobesteiros.online@gmail.com.
Obrigado. Poderá que consigamos, assim, fazer a “nossa história”.
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