1 de abril de 2020

MEMÓRIAS DE BESTEIROS 3

LEVANTAR EM BESTEIROS 


O levantar em Besteiros não seria violento, para alguns, seria sacrifício, para outros nem por isso. A força do hábito obrigava-os todos os dias, mesmo, todos os dias a pegar na lancheira e, ir para o trabalho. Até aos anos oitenta do século passado era forte a classe operária, em Campo de Besteiros. Trabalhavam nas fábricas, na Velha e na Nova, para além dos trabalhos, nos aviários e laboratório. Todo um bulício animava a terra, a bela adormecida. Mas levantar dos colchões, na sua maioria de folhelhos, porque isso do molaflex era luxo para poucos, por vezes, seria um trabalho hercúleo, mas, com mais vontade, ou menos vontade despertava-se para o nosso mundo.
O povo, na sua sabedoria, sempre rimando para dar outro gosto às palavras, dizia em quadra como era o seu levantar.
Às seis toca o Búzio;
Às seis e trinta o Pírica
Às sete, a fábrica Nova
E a velha também apita”

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