Setembro,
mês das festas de setembro, mês da festa da Nossa Senhora do Campo, mês do
início das vindimas, da colheita do milho que se estende a outubro. Era assim
alguns anos, alguns anos é mais força de expressão, mas alguns anos para alguns
já não há memórias, nem poderia haver daquilo que nunca se viu, para outros,
somente memórias. Destas memórias, alguns atos ainda se fazem, mas sem a
importância de outrora, onde todo um vale aguardava ansiosamente por estes
momentos, dizem alguns, do século passado, que de tão longe estão já se
perderam nas brumas do tempo. Hoje surgem outros acontecimentos, outros
hábitos, a fazer tradição, porque isto da tradição é fazer-se só mais do que
uma vez para já ser tradição, desde que haja o interesse político, ou melhor, a
vontade política, até se torna histórico.
Setembro,
mês do início das aulas quando antes era outubro, para alguns ainda de férias,
mas poucos, aqueles com mais idade, já sem obrigações escolares.
De
Setembro, o povo também diz “Em
Setembro ardem os montes e secam as fontes.”. Verdade, mesmo verdade, porque os incêndios
prologam-se num pais que parece que está a saque desses criminosos.
Setembro, como escrevi, mês da festa de Nossa
Senhora do Campo que atraia há muito tempo, mesmo muito tempo milhares de
pessoas que vinham demonstrar a sua devoção, e outras eram atraídas pela feira
franca que decorria nos terrenos contíguos ao santuário. Felizmente, ainda se
mantém a tradição das cerimónias religiosas e também de festa, desta vez são
três dias…

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