Em continuação
da referência a César de Matos foi considerado um dos melhores jogadores portugueses
dos anos vinte, formando com Tamanqueiro e Augusto Silva, a linha média da seleção
olímpica portuguesa que participou nos jogos Olímpicos de Amsterdão de 1928.
Como besteirense que era, não podia deixar de ser um lutador indomável,
com grande poder de elevação sendo apelidado do “jogador que voa”. Muito
temperamental, denotava alguma irreverência, própria da juventude, mas mal
aceite naquela época. O seu forte temperamento causou-lhe algumas vezes
dissabores, tendo corrido mesmo o risco de perder a convocatória para a seleção
olímpica.
Campeão de Portugal pelo seu Belenenses, e internacional olímpico, apesar
disso, mostrava-se sempre disponível para colaborar com o clube da sua terra
natal: algumas vezes orientando treinos, outras alturas, arbitrando jogos.
Na minha pesquisa inicial tinha encontrado a referência que César de
Matos exerceu a profissão de eletricista, mais tarde surgiu a referência que
trabalhou como torneiro no Arsenal do Alfeite.
Pessoa muito respeitável, porque quando vinha visitar a região de
Besteiros, os jornais registavam a sua presença, sempre com palavras elogiosas.
Como, por exemplo, na Folha de Tondela de 19 de Setembro de 37, referia que “
César de Matos, o grande jogador internacional olímpico, conhecido pelo jogador
que voa, encontra-se na nossa terra a passar uma temporada com a sua família,
tendo ministrado alguns treinos aos jogadores besteirenses.”
Sem dúvida, a figura desportiva besteirense com maior destaque, a merecer
outro tipo de reconhecimento!
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