Nossa Senhora do Campo, rogai por nós!
Rogai por nós, Nossa Senhora do Campo. Assim foi com estas palavras que o Padre António Felisberto
terminou a homilia. Sim, cada vez mais temos que confiar na protecção da
Senhora do Campo, como acreditaram muitos dos nossos antepassados há mais de
seiscentos anos.
Perante a pergunta de
quais são as datas comunitárias mais significativas para os besteirenses, de
certeza, a sua maioria vai referir o oito de setembro e o três de maio. Como
sabemos, duas festas religiosas, bastante significativas para todo o vale de
Besteiros que fazem parte da nossa vivência religiosa.
Como referi há mais de
seiscentos anos que se comemora a Nossa Senhora do Campo. Este ano, oito de
setembro, na sua vivência fomos limitados pela pandemia. Somente tivemos a
Missa Campal que decorreu dentro das normas de segurança com distanciamento social
e com todos os cuidados necessários para a segurança de todos.
Viveu-se de forma
diferente, mas viveu-se a festa de Nossa Senhora do Campo e no final, cumprindo
a tradição procedeu-se à bênção das colheitas que são essenciais para a nossa
satisfação pessoal. Obviamente não com a importância que teria há mais de
cinquenta anos, mas quando se semeia, ou se trata é vontade de cada um ter mesa
farta e que o ano seja correspondente aos anseios daqueles que trabalham a
terra.
Esta festividade, para
além do seu valor religioso, também tem relevância histórica que deveria ser
salientada, em parte, para memória futura, para salvaguardar a partilha
geracional. Um aspeto que tem sido descurado, porque apesar do interesse
religioso, estamos perante um culto que atraiu multidões ao longo destes
seiscentos anos. A lenda, sabemos nós que poderá ser colocada em causa, mas não
a toponímia, nem o seu sentido para o povo de Besteiros.
Nossa Senhora do Campo,
neste teu dia, continua a rogar por nós!
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