Beber água em todas as fontes, até
mesmo seria interessante promover uma caminhada para visitar todas as fontes de
Besteiros. Procurar saber a sua história, ou as histórias que se contam sobre
essas fontes, ou mesmo, as memórias que cada um tem sobre essas fontes. Como
vale que somos, o vale de Besteiros bastante fértil, embora, hoje, com muitos
terrenos incultos é também este pedaço de paraíso como escreviam alguns no
dealbar do século XX, muito rico em água. Sem abastecimento público, ou a
chamada água ao domicilio era essencial que cada lugar tivesse serventia desse
precioso liquido. Água é essencial à vida, próxima das habitações, mas também o
seria para regar os campos.
Se
as quisermos enumerar uma a uma, verificamos que são muitas as fontes de
Besteiros e infelizmente naquelas que percorremos encontrámos sempre o dístico
de água não controlada. Escrevi sobre isto num antigo anterior, continuo a não
compreender o porquê, mas depois vem uma história de “custos”, que talvez não
se justifique, mas este serviço não poderia ser de serviço público. Obviamente,
ninguém tem a capacidade de garantir todos os dias a qualidade da água, mas há
fontes tão emblemáticas se soubéssemos como estava a qualidade, penso que outro
galo cantaria, porque ao saber-se da qualidade da água, também se saberia da
qualidade dos terrenos, dos “químicos” que deveríamos evitar. Há toda uma
educação para a sustentabilidade e biodiversidade que poderia ser feita, às
vezes, em pequenas coisas, porque todos nós “gostaríamos de beber água em todas
as fontes”. Fala-se numa economia verde, mas não damos sinal para isso, porque
podemos não nos ter apercebido, mas o nosso rio foi-nos “roubado” nos últimos
25 anos, quando a temática do ambiente já estava bem presente.
Um comentário:
É conveniente para alguém que as fontes não tenham boa água ou sequer funcionem.
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