A IGREJA MATRIZ DE SANTA EULÁLIA DE BESTEIROS
A expressão ser filho da
igreja, é ser filho da nossa igreja, em que entrámos pela primeira vez para nos
tornarmos cristãos. É dessa igreja que somos filhos, a quem ficamos ligados
umbilicalmente, a igreja matriz da nossa freguesia em que se encontra a pia
batismal. Podemos não nos recordar desse momento, devido à nossa tenra idade,
mas sabemos qual a “nossa igreja”, da qual somos “filhos”, ao qual pertencemos.
Aquele dia, dia do batizado entrámos pela porta em que o novo cristão em tempos
de outrora, ao colo da madrinha, porque a mãe por tradição, ficava em casa.
Hoje essa tradição já não é bem assim. Aquele
momento simbólico, de sermos “limpos” do pecado original em que derramaram
sobre nós a água, na pia batismal. A água que adquire, nesse momento outra
função, mas que desde sempre está presente na vida do Homem. Daqueles momentos
de simbolismo em que a água assume um papel transcendente, como se fosse uma
porta para “um mundo” que depende, depois da fé de cada um.
Assim é como olhamos para
a Igreja Matriz de Santa Eulália de Besteiros, a nossa igreja, da qual somos
“filhos”. Aquele momento em que nos
tornamos iguais, cristãos, mas também livres, livres no pensamento, livres de
escrevermos, porque as ações sem serem pensadas serão desprovidas de sentido.
Aprendemos, aprendemos, também o respeito, o respeito pela propriedade dos
outros, seja ela, física, ou intelectual, mas respeito. Esse respeito ou se
tem, dificilmente se aprende a ter, quando se acham “donos de tudo”, como
estivessem no cimo da montanha.
A voz que fala e escreve
é livre, como o pensamento deve ser livre, e quer queiram quer não queiram,
esse pensamento irá continuar livre, cada vez mais incisivo, porque a dor do
cotovelo é complicada.
Sou, e orgulho-me disso
“filho da Igreja Matriz de Santa Eulália de Besteiros”.
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