6 de junho de 2020

MEMÓRIA E IMAGENS DE BESTEIROS 2




A IGREJA MATRIZ DE SANTA EULÁLIA DE BESTEIROS


A expressão ser filho da igreja, é ser filho da nossa igreja, em que entrámos pela primeira vez para nos tornarmos cristãos. É dessa igreja que somos filhos, a quem ficamos ligados umbilicalmente, a igreja matriz da nossa freguesia em que se encontra a pia batismal. Podemos não nos recordar desse momento, devido à nossa tenra idade, mas sabemos qual a “nossa igreja”, da qual somos “filhos”, ao qual pertencemos. Aquele dia, dia do batizado entrámos pela porta em que o novo cristão em tempos de outrora, ao colo da madrinha, porque a mãe por tradição, ficava em casa. Hoje essa tradição já não é bem assim.  Aquele momento simbólico, de sermos “limpos” do pecado original em que derramaram sobre nós a água, na pia batismal. A água que adquire, nesse momento outra função, mas que desde sempre está presente na vida do Homem. Daqueles momentos de simbolismo em que a água assume um papel transcendente, como se fosse uma porta para “um mundo” que depende, depois da fé de cada um.  
Assim é como olhamos para a Igreja Matriz de Santa Eulália de Besteiros, a nossa igreja, da qual somos “filhos”.  Aquele momento em que nos tornamos iguais, cristãos, mas também livres, livres no pensamento, livres de escrevermos, porque as ações sem serem pensadas serão desprovidas de sentido. Aprendemos, aprendemos, também o respeito, o respeito pela propriedade dos outros, seja ela, física, ou intelectual, mas respeito. Esse respeito ou se tem, dificilmente se aprende a ter, quando se acham “donos de tudo”, como estivessem no cimo da montanha.
A voz que fala e escreve é livre, como o pensamento deve ser livre, e quer queiram quer não queiram, esse pensamento irá continuar livre, cada vez mais incisivo, porque a dor do cotovelo é complicada.
Sou, e orgulho-me disso “filho da Igreja Matriz de Santa Eulália de Besteiros”.


Nenhum comentário:

-------------------------------Um baú de histórias e memórias--------------------------------