FESTA DAS CRUZES, DIA DE
MEMÓRIA E IDENTIDADE!
Hoje, dia da Ascensão,
dia da “espiga”, este ano, 2020, este dia, 21 de maio não se vive de forma
plena, a festa das Cruzes, ao vivo, mas de certeza, no íntimo de cada
besteirense, de cada habitante da serra vive-se a cerimónia, a sua identidade,
a recordação, a memória. Seria dia de pedir um bom ano agrícola, benfazejo para
o agricultor, dia “em que o passarinho por ser dia da Ascensão não ia ao ninho,
nem punha as patitas no chão”. De forma estranha, numa altura em que se vive o
dia, mas não se sabe o futuro que é mais de incerteza, será sempre de esperança
de um desejo, de no próximo ano podermos voltar, podermos festejar em conjunto,
podermos celebrar a “nossa festa das Cruzes”, festa única de riqueza ancestral.
O silêncio envolverá a serra, os caminhos de antanho que se enchiam de
peregrinos, porque este ano não serão percorridos pelas três ladainhas,
Santiago de Besteiros, Campo de Besteiros e Castelões que iriam ao encontro de
Santa Maria do Guardão. Apesar de os joelhos não desceram em terra junto ao
Cruzeiro de São Bartolomeu rogamos proteção para todos, com fé, à espera que
passe a tempestade e venha a bonança.
Este dia, 21 de maio,
este ano, 2020, em que não se está a conseguir “lutar contra aos males do
mundo” que os sinos de Santa Maria do Guardão nos chamem para celebrarmos em
conjunto, a nossa festa, a nossa memória.
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