1 de maio de 2014

BESTEIROS - OS "MIMOS" DA TERRA


Das minhas andanças por Campo de Besteiros, no concreto pela povoação do Rodonho, pude olhar, pude admirar aqueles terrenos agrícolas bem tratados, como é usual escrever-se, um primor, onde os “mimos” crescem numa terra que é um regalo já que a água abunda, num vale, hoje não tão importante na agricultura.
Olhar para trás e relembrar o vale de Besteiros em tempos idos, nesta altura do ano via-se o verde a despontar, mas ao mesmo tempo, vislumbrava-se o castanho das terras que tinham sido lavradas para semear o milho ou plantar as batatas. Todos os anos renascia o vale, todos os anos a paisagem alterava-se, e poucas eram as terras que ficavam de maninho, num vale de gente de trabalho em que a agricultura era um complemento, outras vezes nem isso, sendo único para a casa de cada um.
De quinze e quinze dias na feira vendia-se as novidades, nesta caso as batatas novas temporãs que só um clima e terra de eleição permitia, já por esta altura, tê-las na mesa regadas com um azeite saboroso, porque era produzido por nós. As batatas, as ervilhas e outros mimos que a terra tinha produzido, que a terra na sua bondade anual nos ofertava, apesar do trabalho, apesar do esforço, por vezes árduo de quem amanhava a terra num trabalho braçal que se repetia ano e após ano. Do meu tempo de criança, e mesmo jovem ainda existia o lavrador com os seus bois e contratado para os trabalhos agrícolas necessários, como lavrar e arar os campos.
 
 

Nenhum comentário:

-------------------------------Um baú de histórias e memórias--------------------------------