Após várias
previsões erradas podemos concluir que todas as medidas propostas enformam
desse mesmo defeito proveniente do erro. Agora afirma-se que o problema está no
memorando, mas antes ouvia-se que se ia além do que queria a Troika, ainda bem
que não além da Trapobana. Para mal de todos os portugueses nestes últimos anos
tivemos os piores governos, formados por ministros que desconheciam a realidade
portuguesa, ou por outros que só souberam esbanjar.
A política
seguida foi uma política de empobrecimento, não de diminuição do poder de compra,
mas sim de empobrecer as pessoas que por esse facto irão passar muitos anos até
conseguir recuperar. Aquando da aplicação do memorando várias vezes escrevi que
o caminho que se estava a seguir era completamente errado, e tomara eu, hoje
dar a mão à palmatória. Infelizmente tinha razão, mas era fácil, porque a
História por várias vezes nos tinha dito que não era por aí o caminho, mas a teimosia,
os modelos, a incompetência, a insensibilidade social, o deixar andar de “alguns
rapa-tachos” levou a este desenlace. Infelizmente, se não se mudar de política
a bancarrota está próxima numa Europa que se porta como um ladrão a querer “roubar”
dos depositantes cipriotas aquilo que amealharam. Erro crasso de consequências imprevisíveis,
mas que mostrou a verdadeira face dos donos da Europa, onde as pessoas não
contam, mas somente os interesses do capitalismo financeiro.
Está na hora de
dizer basta, mas de forma construtiva com uma rápida remodelação do governo e
criação de um de salvação nacional que envolva os três partidos que propõem
soluções para o país e que não se escondem atrás de retóricas demagógicas. Nós
queremos estar na Europa, nós queremos pagar os empréstimos, mas não queremos
que nos atrofiem e nos empobreçam.
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