A CANÇÃO É UMA ARMA...
A canção é uma
arma de luta, de demonstração de desagrado, de frustração. É uma arma, é mesmo
um protesto original, mas não poderá descambar em insultos, em provocações,
porque nesse caso estamos ultrapassar os limites da nossa liberdade individual.
Ouvir “Grândola,
Vila Morena” é relembrar tempos idos, do sabor recente da liberdade, mas também
de excessos que poderiam ter conduzido o país para o descalabro de uma “democracia”
tipo, na altura do leste europeu.
Temos o direito
de demonstrar a nossa desilusão contra muitas das medidas tomadas pelo governo,
que muitas vezes se esquece que as pessoas não são números, mas sim pessoas que
sofrem com o desemprego, com a mesa vazia, com as dívidas com as angústias de
um futuro sombrio.
Também devemos
compreender que encontramos num atoleiro para o qual fomos arrastados, não por
este governo, mas sim por outros que com medidas insanas nos conduziram a esta
situação. Saber sair desta situação é uma missão árdua que tem de contar com
todos, mas que alguém nos explique de forma clara, porque tantos sacrifícios.
Que alguém explique e demita de forma clara quem nunca deveria ter exercido
funções governamentais. Que não seja a diferença de um “de”, ou de um “da”,
porque é mais uma “canelada” na democracia cada vez mais deturpada.
Só todos juntos
poderemos sair onde estamos, mas não é com cartas, mas sim com actos, com
propostas, com ação, porque devemos ter memória e não esquecer quem foram os ´”últimos”
condutores para este descalabro.
Sim a canção é
uma arma, mas sem punhos fechados, porque quem visita um pais europeu do leste
sabe para onde os conduziram esses punhos fechados. Antes de mão abertas, uma
cheia de nada, outra de coisa nenhuma mas com vontade de trabalhar.
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