AVENIDA Dr. Afonso Costa


Todas as ruas da minha terra são nobres. E todas são bonitas, porque nos levam sempre algum sítio. Mas aquela, onde todos se gostam de rever, para além da rua onde se encontra o nosso lar, é aquela rua principal que atravessa o Campo e nos encanta quando chegamos ao verdadeiro coração de Besteiros. Essa avenida tem o nome de Dr. Afonso Costa. Importa agora conhecer um pouco Afonso Costa. Insigne republicano, nasceu em Seia em 6 de Março de 1871. Brilhante orador, distinguindo-se como deputado republicano durante o período da monarquia. Já durante a primeira república, exerceu vários cargos governativos, distinguindo-se ter sido três vezes Presidente do Ministério, cargo equivalente a primeiro-ministro. Responsável pela lei de separação do Estado da Igreja, expulsão dos Jesuítas e de outras medidas bastante agressivas para com a Igreja, foi chamado de “Mata frades”
Na entrevista, o senhor presidente da Junta de Freguesia Belmiro Calheiros referiu que faz parte do projecto do seu mandato a requalificação dessa avenida. Urge, porque é entrada no nosso reino maravilhoso. Artéria principal que nos conduz aocentro nevrálgico da nossa vila de Besteiros. Antes era delimitada com o muro da feira, hoje entrada ampla para o Parque de Campo de Besteiros.

Ao longo do tempo a sua fisionomia paisagística foi-se alterando, perdendo um pouco a sua rusticidade, urbanizando-a, tornando-a mais citadina. Na longa recta, na hora do despegar das fábricas enchia-se de bicicletas puxadas por aqueles que regressavam às suas casas, depois de mais um dia de trabalho. Das aldeias limítrofes todos procuravam aqui o seu sustento, todos porfiavam para um futuro melhor.
Muitas histórias se contam desta rua, algumas bem bonitas, outras tristes, mas a todos, esta rua contribuiu para nos sentirmos na nossa terra, no nosso mundo. Desce-se o Coelhoso e depois de olharmos para o Monte do Calvário, após uma ligeira curva, chegamos a casa, ao nosso Campo, à nossa terra. Entramos no famoso Vale de Besteiros, que alguns querem estender os seus limites. Poderia ser a entrada num mundo maravilhoso se a rua tivesse outro ar, porque essa rua bem o merece, outra entrada mais bem composta, mais bem arranjada, mais acolhedora. Infelizmente, ao lado direito de quem entra, já não temos a imponente chaminé da Sercebel que a todos transmitia a imagem de uma industrialização precoce num vale essencialmente agrícola. Incompreensível, porque era referência, um ícone, que nos distinguia. Porque não se conservou?
Mais à frente, temos a casa onde se situava o posto da GNR, a seguir as bombas, atrás dela os terrenos, onde se localizava o campo de futebol da Neuza. Na nossa caminhada, perdemos outras referências, perdemos algumas árvores comidas na voragem do progresso. Continua a ser a nossa avenida, o nosso recanto que podia e devia ter outro nome, não que a figura de Afonso Costa não mereça ser distinguida, mas temos, na nossa terra ilustres besteirenses com papéis mais relevantes para o “nosso mundo”.
Apesar de tudo, aquela avenida permanece com encanto de outrora, conservando nas suas pedras vestígios e memórias de todos aqueles que tiveram a honra de se passear por ela.
Muitas histórias se contam desta rua, algumas bem bonitas, outras tristes, mas a todos, esta rua contribuiu para nos sentirmos na nossa terra, no nosso mundo. Desce-se o Coelhoso e depois de olharmos para o Monte do Calvário, após uma ligeira curva, chegamos a casa, ao nosso Campo, à nossa terra. Entramos no famoso Vale de Besteiros, que alguns querem estender os seus limites. Poderia ser a entrada num mundo maravilhoso se a rua tivesse outro ar, porque essa rua bem o merece, outra entrada mais bem composta, mais bem arranjada, mais acolhedora. Infelizmente, ao lado direito de quem entra, já não temos a imponente chaminé da Sercebel que a todos transmitia a imagem de uma industrialização precoce num vale essencialmente agrícola. Incompreensível, porque era referência, um ícone, que nos distinguia. Porque não se conservou?
Mais à frente, temos a casa onde se situava o posto da GNR, a seguir as bombas, atrás dela os terrenos, onde se localizava o campo de futebol da Neuza. Na nossa caminhada, perdemos outras referências, perdemos algumas árvores comidas na voragem do progresso. Continua a ser a nossa avenida, o nosso recanto que podia e devia ter outro nome, não que a figura de Afonso Costa não mereça ser distinguida, mas temos, na nossa terra ilustres besteirenses com papéis mais relevantes para o “nosso mundo”.
Apesar de tudo, aquela avenida permanece com encanto de outrora, conservando nas suas pedras vestígios e memórias de todos aqueles que tiveram a honra de se passear por ela.
Um comentário:
só para fazer um reparo... não é Rua Dr. afonso Costa, mas sim Avenida Dr. Afonso Costa...
saudaçõeA
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