Já foram muitas as vezes que escrevi, para mim, o Besteiros Futebol Clube
é o melhor clube do mundo, porque é o clube da minha terra. Este clube
representa de forma completa o ser besteirense. Faz parte de nós, da nossa
maneira de ser, da nossa maneira de não aceitar imposições, mas como
representante do espírito besteirense de momentos muito bons, outros momentos
nem por isso, em que se perde a dinâmica.
Noventa e oito anos, num ano em que regressa o futebol sénior, que
transporta sempre consigo mais emoção, mais interesse, mais sentido ao clube,
que continua a ser o melhor clube do mundo, porque é o clube da nossa terra!
Hoje, verificamos a fraca
disponibilidade para servir as associações, há cem anos essa disponibilidade
existia, e sobretudo era a única forma de abalar o quotidiano; a única forma de
desamarrar as teias urdidas pelo estigma da interioridade, da ausência de um
futuro risonho nos horizontes e sobretudo a ausência de condições para prática
do pontapé na bola. Eles conseguiram contra tudo e contra todos. O sentido de
grupo, o sentido de pertencer a um conjunto de pessoas era bastante forte, juntando
esforços, desenvolvendo sinergias venciam as dificuldades, e desse desejo
surgia a motivação para contraria-las, derrubar obstáculos fossem eles quais
fossem. Grande feito daqueles besteirenses na vontade, no desejo de criar um
clube de futebol, neste caso, o Besteiros Futebol Clube não foi somente o
objetivo de criar um grupo onde pudessem dar uns pontapés na bola, que na
altura, como hoje era a modalidade da moda, que veio dos grandes centros para o
mundo rural.
Ontem como hoje, o
Besteiros é o melhor clube do mundo, porque é o clube da minha terra, é o clube
do Avelar, do Baltazar, do Américo, do Jaime Ferreira, do Hilário, do Afonso,
do João Almiro, do Joaquim Pelado, do Bernardino Guiné, da Alzira Peixoto, do
Artur Adão, do António Tavares, do Samuel, do Belmiro, do Jorge, do Evaristo,
do Galo, do Paulo, do Castanheira, do António Augusto, do Niza, do Tavares e de
muitos outros, tantos que a memória não abarca que deram o seu sangue, suor e
lágrimas para que as cores alvi-rubras conseguissem sempre os seus
objetivos.
Parabéns Besteiros a
caminho dos cem! Vamos lá Besteiros!
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