Foto de 20 de julho de 2013 |
Daqueles desejos que não passam de desejos, mas o sonho de um
besteirense, como o meu sonho é depois da reforma, após uma vida de trabalho,
passar os dias no remanso de um banco de jardim, salvo seja, porque a praça da
república de jardim não tem nada, ali para os lados do santuário de Nossa
Senhora do Campo, naquelas tardes ainda quentes, a ver quem passa, e a deitar
faladura sobre diversos assuntos, todos de interesse para quem fala. Sei que alguns
não gostam, mas retirando o adro da Capela, aquela zona besteirense é bonita,
mesmo bonita, é mesmo um magnífico postal, pois alguns gostariam que não se
apresentasse coisas bonitas da nossa terra, mas Campo de Besteiros é bonito
caraças, apesar de adormecido, é bonito, agradável, daquelas terras que enchem
o coração.
As palavras são como as cerejas, mas estava eu de traseiro sentado, a
mandar uns bitaites, mais uns soundbites, tipo Web Summit, que entretanto
sumiu, mas sem aqueles cartazes a falarem de muros, vindos de quem não
respeitou os resultados das urnas, apontaram o argueiro nos olhos dos outros,
mas sem se olharem ao espelho, dou por mim a filosofar com outro amigo de
circunstância, a explanar umas teorias sobre a poluição do rio Criz.
- Esta que é esta, já passaram mais
de dois anos, penso que serão mesmo três anos, noticiámos no campobesteiros.online,
a poluição do rio Criz, com fotografias e tudo, como manda a lei da sapatilha,
a notícia não mereceu o interesse dos ditos “colecionadores” de notícias, mais
tarde “divulgadores” como se fossem originais.
- Tens razão, nem mereceu o
interesse da política comezinha de trazer por casa. Passou, ninguém leu,
incomodou alguns, e morreu por aqui. É tudo uma questão de sorte, ou não, deve
ser uma questão de audição, uns ouvem, outros nem por isso, porque mesmo agora,
nesta nova noticia alvo de discurso na assembleia, parte do rio é esquecida,
até onde a poluição é mais grave, porque as águas correm sempre para a foz,
ouviram, sempre para foz, por mais que queiram ou não queiram, as águas correm
sempre para a foz.
- Como é usual dizer-se nestes
momentos, onde se prega no deserto, ou então junto aos rios ou mares se o
cheiro pestilento permitir, é mesmo de arrumar as botas, e ir sem demora pregar
para outra freguesia, mas alguém vai perder tempo com este blogue, dedica-te
antes à apanha do míscaro, trinta euros o saco, para aí 27 dólares, diz lá que
não ganhavas uns dinheiros, só tinhas de andar de “rabo” para o ar, grande
parte do dia, mas era por uma boa causa. Os conselhos sigo eu, mas a minha
coluna já não me deixa realizar estes trabalhos forçados, antes convida-me ao
remanso do lar, às pantufinhas, à lareira acesa, a debitar vulgaridades, porque
no meu tempo é que era.
- Não era nada, sabes bem, que não
era nada, porque agora somos todos heróis de causa nenhuma, sem reino nem
condado onde possamos deitar o olhado. Somos tão fortes quando construímos as
nossas histórias e se para tal não houver contraditório, ninguém nos pára! “habemos homem, caraças!” Mas só aí,
porque de resto…benza o Deus!
Resumindo e concluindo, nós noticiámos a poluição do Criz, mas até na
divulgação da notícia temos de ter sorte. Isso é que é…Perceberam alguma coisa,
eu nem por isso, mas deve ser por causa das alterações climáticas, ou então da
eleição do Trump. Essa é que foi! Mas acho que o “melhor” ainda está para vir!
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