Apetece alguns reescrever a História, fica bem, dá outro ar,
outra emoção. Até parece com aquela rubrica, a minha vida dava um filme. Sim,
alguns conseguem que a sua vida quase que dava um filme, mas quase porque
existem alguns com boas memórias. Mas a verdade é sempre a verdade, mesmo que
essa verdade não interesse muito que venha ao de cima, então à que enfiá-la
debaixo do tapete, ignorá-la para enaltecer feitos, já não originais.
Após esse introito, porque todos os artigos têm de ter um
introito, e eu não estava muito bem certo como começar, vamos ao que interessa.
No futebol português numa forma de inovar, ou melhor de arejar as coisas, dá-se
novos nomes às ditas trocando o campeonato da 1.ª Divisão como a I Liga,
campeonato da 2.ª divisão como segunda liga. Agora nem se percebe porquê, já
que quem manda é a Federação, pelo menos é aquela que tem mais poder.
Sim há muito muito tempo, em grande parte da Europa desenvolvia-se
a segunda guerra mundial de consequências extremas que alterou por muitos anos
o mapa geopolítico do velho continente. Em Portugal, por obra dos nossos governantes
estávamos libertos desse conflito à escala mundial e a vida decorria com a
normalidade possível. Ao mesmo tempo, o futebol, a alegria do povo disputava os
seus campeonatos divididos em regionais e nacionais. Os nacionais eram o campeonato
nacional da 1.ª divisão e campeonato nacional da 2.ª divisão, que eram quase
como campeonatos provinciais, mas não deixavam de ser para todos os efeitos a
segunda competição mais importante. Chegava-se a essa competição através dos
campeonatos de promoção disputados a nível regional. Nesse grandioso jogo
disputado a 25 de fevereiro de 1940, arbitrado por árbitro de Coimbra e com os
preços de dois escudos para a bancada, para o peão era de um escudo e cinquenta
tostões. Esse jogo era da segunda volta, e encontrava-se em causa o primeiro
lugar do grupo, porque na primeira volta tinha resultado um empate, no campo da
Neuza em Campo de Besteiros.
5 comentários:
Apenas um ligeiro erro de escrita que carece de ser corrigido, uma vez que os Campeonatos agora designados por Superliga e Liga de Honra (equivalentes ás antigas 1ª e 2ª Divisão Nacional), são organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional e não pela Federação Portuguesa de Futebol.
Porque o rigor deve ser um imperativo e contrariamente ao que está escrito no texto, os campeonatos da Liga Zon Sagres e a Segunda Liga não são organizados pela Federação Portuguesa de Futebol mas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
"Agora nem se percebe porquê, já que quem manda é a Federação, pelo menos é aquela que tem mais poder"
Desculpa eu não digo que os campeonatos são organizados pela federação, até dou entender que é outra entidade, neste caso Liga, porque I Liga, porque quem manda agora no futebol português é a federação. E isso vê-se.
Se quem organiza, não é quem manda, alguma coisa estará mal. O que o comum entende é que quem manda, organiza. Dizer o contrário, pode levar a interpretações erradas. E em nenhum momento a objectividade do que escreveu afirma quem oganiza os Campeonatos profissionais, porque isso sim, é que é o importante. Portanto, se se pretende que seja um artigo jornalistico, não sem deve dar a entender, mas sim afirmar com objectividade.
Obrigado pelo seus comentários, os quais aceito, mas este post não pretende ser jornalístico, mas de indole histórica, e não achei relevante realçar quem organiza, embora se possa subentender. Pretendeu somente repor uma verdade que estava a ser deliberadamente esquecida e omitida. Quanto ao blogue é de memórias, de opiniões que nunca serão independentes, porque serão sempre eivadas pelo meu amor a Besteiros. Mas mais uma vez agradeço a sua atenção e mesmo correção.
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