O Natal da memória e das memórias.
Perdeu-se a magia, a cor, a alegria,
mas continua a ser Natal, no sorriso de uma criança quando recebe aquela prenda
desejada, até mesmo naquele “boas festas” dos reclames ou das mensagens que
recebemos.
Perdeu-se o sapatinho, mesmo de solas
rôtas cumpria a sua função, a lareira que conservava nas brasas cobertas pela
cinza, o calor que aconchegava o pai natal, vindo da Lapónia ou não sei de
onde, talvez lá para os lados do Polo Norte.
Natal é hoje, de memórias, de
tristeza, de lágrimas, de casas vazias que de um momento para outro perderam o
sentido da sua existência. Enquanto for vivo e tiver memória, continuamos a ser
quatro à mesa, mesmo que não tenha do outro lado a quem dar caneladas. Para
onde estiverem, a saudade, as lágrimas, a dor de quem ficou.
Apesar de tudo é Natal, apesar de
tudo, a vida continua, apesar
Um Santo Natal, quanto à paz, que
seja quando os homens quiserem!
Joaquim Calheiros Duarte
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