Alguns
apontam a proximidade do fim de regime, mas não chegaria tão longe, porque o
próprio regime já desenvolveu mecanismos de defesa que preservam a sua
continuidade. Vê-se pelas reações, muito ponderadas, muito de olhar para o
lado, porque as ramificações são muitas, os interesses são diversificados. A
ser verdade, custa saber que alguém tenha exercido um alto cargo de governação
de um país de forma tão indigna. Custa mais saber, se nos dermos ao trabalho de
analisarmos a sua ascensão ao cargo, da maneira como ocorreu. Foi-nos vendido
pela televisão como um simples sabonete, como afirmou um dia um alto
responsável de um canal português que a televisão tanto vende um sabonete, como
faz eleger um primeiro-ministro. Sabem que foi verdade, ou não se lembram
daqueles programas de comentários, ou então a imitarem um primeiro-ministro num
dos programas da altura. Os média vão-nos impingindo futuros ministros como o
próximo, ou mesmo o atual.
Os média
vendem produtos, promovem os produtos, como ainda hoje a televisão pública que
dá tempo de antena a um colégio privado, porque segundo um ranking que ignora
contextos socioeconómicos, que ignora condições de realização de provas, que ignora
uma política de ofensiva contra a escola pública, que ignora uma política de a
implodir por dentro como aquela que está a decorrer.
Entretanto
ouvimos alguém que está muito preocupado com a Nação, que tem propostas de
Agenda, como principal proposta é não fazer acordos com o atual governo,
nota-se logo que eles estão preocupados com o povo português, porque quando se
está preocupado, as diferenças deitam-se para trás das costas, porque o
importante é o bem comum.
Por isso,
infelizmente, o fim do regime não está próximo, não a democracia esperamos nós,
mas gostaríamos uma democracia ao serviço dos portugueses com a garantia de
igualdades de oportunidades, com um Estado providência que nos apoiasse, porque
os portugueses nunca serão capazes de fazer um movimento como o “Podemos” em
Espanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário