Monte do Calvário, dos locais mágicos para todos os besteirenses |
O
século XX em Campo de Besteiros, mais precisamente até à década de setenta foi
bastante preenchido, e sobretudo existiu grande poder de iniciativa e
capacidade de criar dentro de um espírito empreendedor, deveras notável para
época. O estar do outro lado da rua nunca foi motivo para desistir ou
desanimar. Antes até foi motivo para inovar e procurar remar contra a maré
centralizadora. Nota-se e depreende-se que se uniam forças, uniam-se interesses
pelo bem de Campo de Besteiros. Temos de ter a consciência que não se era a
sede do município, e nota-se em frequentes realizações que o apoio se limitava
ao institucional, e muitas vezes menos que isso. Elevação a vila, instalação da
rede elétrica pública nos anos trinta do século passado, a água ao domicilio,
etc…etc…etc..
O
dinamismo besteirense era uma marca que nos unia, mas ao mesmo tempo
distinguia, mas como conservá-lo quando são muitos que estão espalhados por
esse mundo que cada vez mais é o nosso mundo. A diáspora besteirense é hoje
bastante significativa, quando outros vêm ocupar lugares daqueles que saíram,
sem memórias, sem ligações à terra, onde as histórias são histórias que se
ouvem de sorriso amarelo.
Por
isso, e sobretudo por isso, temos de unir esforços, esquecer clivagens
políticas, ideológicas, associativas e de forma unida, construir para o bem
comum. Muito da nossa história coletiva vai-se perdendo todos os dias…de forma
inexorável.
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