Escrevi assim no ano passado, mas
passado um ano, os motivos da escrita continuam a ser os mesmos, sem tirar nem
por, antes pelo contrário, agora até se exige que se carregue nos tons negros
que cada vez mais enrolam este país.
De junho lembra-nos os santos
populares, mais o São João, mas não esquecemos o Santo António, e também o São
Pedro. Não esquecemos o cheiro do rosmaninho, da aventura vivida nos dias
anteriores ao ir cortá-lo. Cheiro único, bastante agradável, ao mesmo tempo
intenso como que nos inebriava, mais tardes dava-se asas alegria nos seus
folguedos. Das fogueiras também não esquecemos do saltar, o prazer de desafiar
o fogo, também o defumar. Outra tradição arreigada nas populações era o
lançamento de balões, que subiam à boleia dos ventos. Altura também das
partidas, do “roubo” dos vasos, dos carros de bois, que levava que alguns
dormissem junto ao mesmo, para evitar que os mariolas levassem a cabo os seus
intentos.
Desse tempo guardam-se memórias,
mesmo muitas saudades. Hoje, acho que esses hábitos seriam proibidos, porque o
fazer fogueiras transporta consigo riscos, e então o que dizer do lançamento de
balões. Agora fica-se pela sardinha, que segundo as notícias anda afastada das
nossas costas. Pudera, correr risco de ser taxada com impostos, ou então deve
ser da chuva.
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