17 de agosto de 2010

TUDO MUNDO E NINGUÉM

Por vezes penso que as coisas são, ou neste caso não são o que parecem. Vamos imaginar, que numa Escola, os alunos encontravam-se em teste, mas aparecia uma equipa de inspecção a cumprir as funções para a qual tinha sido criada e respeitando os regulamentos. O professor irado, começava aos berros, ofendia o responsável máximo pelos inspectores e depois todo o processo decorria normalmente, entrando na sala os referidos inspectores.
O que aconteceria a esse professor? Não seria alvo de um inquérito, não corria o risco de suspensão, ao mesmo de despedimento? Naturalmente que sim.
Agora, colocamos isto num caso real, passado noutro âmbito com os delegados do controlo anti-doping e com o seleccionador nacional. Apesar de alguns pretenderem aligeirar, estavam ali representadas duas instituições, independentemente do possível conhecimento pessoal entre as partes e vocabulário utilizado. Houve desrespeito que até ao momento não foi desmentido, por isso que dúvidas existem? Não temos de ser responsabilizados pelos nossos actos e assumir a consequência daquilo que fizemos? Ou será que não! Então temos o nacional porreirismo, em que as palavras não são o que são. Tudo Mundo diz o que quer e Ninguém é responsabilizado.
Num estudo realizado, cerca de 97% dos incêndios em mato são fogo posto. É notório que o país evoluiu muito nas equipas reactivas e meios de combate aos incêndios. As respostas são rápidas, mas condições climáticas muitas vezes obstam a um sucesso imediato. Mas urge a situação de prevenção, sobretudo com a identificação e controlo dos pirómanos que grassam no país. Apesar de se poder violar as liberdades individuais, será mais importante garantir a segurança dos bens e das pessoas. Segundo estudos realizados, a maioria dos pirómanos são reincidentes.
Tudo Mundo sabe e Ninguém resolve.
Numa notícia divulgada hoje, comprova-se aquilo que abordamos no artigo.


“A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta terça-feira, a detenção do alegado autor de dois incêndios que consumiram dezenas de hectares de floresta em Ribeira de Pena (Vila Real).

O homem de 35 anos terá ateado dois fogos a 24 de Julho, além de ser suspeito de ter ateado outros fogos em anos anteriores, avança a PJ em comunicado.

A força policial adianta que o homem, sem profissão e com problemas psicológicos e de alcoolismo, vive em ambiente degradado e fazia uso de um isqueiro para «lançar chamas, por deslumbramento e prazer em ver o fogo alastra."

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