Olhar a Roménia, pais distante, mas ao mesmo tempo próximo, porque a sua língua tem origem no latim, como a língua portuguesa. Dia estava frio, o que se podia confirmar quando o Boeing 737 se aproximava do aeroporto Otopeni localizado em Bucareste, podia ver-se os campos cobertos de um manto branco que os embelezava, mas ao mesmo tempo nos alertava que o clima era mais rigoroso.
Sair no aeroporto de Otopeni é encontrar um mundo de desenrasque, com inúmeros romenos a oferecer serviço de táxi, mesmo que para tal não estejam credenciados. Tudo serve para se obter um rendimento extra.
A primeira impressão que tiramos de Bucareste é de avenidas bastante largas, de acordo com o modelo comunista, bairros já de alguma idade, a que o tempo foi desgastando.
O primeiro sector que encontramos é o sector 1. Bucareste encontra-se dividida em seis sectores, divisão ainda do tempo do comunismo. Este sector é a zona nobre de Bucareste, onde proliferam as casas individuais integradas na paisagem, ruas bem arranjadas, mas sobressai um arco de triunfo que se encontra no meio de uma rotunda. Este arco de triunfo foi construído no ano de 1936 para comemorar a reunificação da Roménia ocorrida em 1918.
Uma construção que marca profundamente a paisagem e a cidade é o Palácio do Parlamento, idealizado pelo ditador comunista Nicolau Ceausescu que tinha como objectivo ser a sede do poder político e administrativo da Roménia e também a residência do próprio ditador. A construção iniciou-se em 1980 e durou até 1989, quando terminou a ditadura comunista e período negro da história romena.
O palácio é o maior edifício administrativo civil do mundo, só sendo ultrapassado pelo Pentágono, mas o mesmo é para fins militares. Os materiais utilizados foram todos provenientes da Roménia.
O Palácio mede em comprimento 270 metros por 240m de largura. A construção do Palácio em conjunto com o Centro Cívico obrigou à demolição de grande parte da zona histórica de Bucareste. O poder dos homens justifica tudo, ou não justifica nada!!!
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