PARQUE DE CAMPO DE BESTEIROS (3)

Na apresentação do projecto inicial para o futuro parque, assistiu-se, e deve ser louvado, à abertura á participação cívica de todos os cidadãos, pela Junta de freguesia de Campo de Besteiros num exercício de cidadania. Apesar das divisões nas opiniões, principalmente devido à mudança da feira, o projecto inicial não encantou, mas encarnava em si tudo aquilo que um parque deve ter para ser colocado ao serviço de uma população. A natureza, a água, o lazer, um espaço para as crianças e sobretudo dotado de um espaço cultural que se justificava. Exercício cívico interessante, mas que mais tarde não se viu concretizado na obra propriamente dita. Olhando para o Parque de Campo de Besteiros é mesmo como olhar para um quadro dadaísta, que retocou o projecto inicial, transformando-o e de certa forma ridicularizando-o. Da possível perfeição passou-se à imperfeição. Porquê?
Não se justifica, em primeiro lugar aquele parque de estacionamento. Se verificarmos estão mais carros estacionados na ruas circundantes que no parque de estacionamento. Porquê? Logo ali desapareceu meio parque e perdeu-se o conjunto.
Gosto daquele espaço, mas esperava mais, mesmo muito mais.

São algumas interrogações que deixo, mas não passa de uma opinião, mas naquilo que escrevo estou a exercer o direito à minha opinião de forma livre e espontânea. Não espero que concordem com ela, mas na minha caminhada por este mundo vi outros locais com um aproveitamento mais adequado e melhores enquadrados e não eram sede dos concelhos.
Como sempre, tudo aquilo que é “dado” a Campo de Besteiros tem de ser bem “sofrido” e a ideia inicial fica sempre distante da sua concretização. São tantos os anos desta atitude do poder central em relação a uma terra que como todas tem direito a ter ambições que teve o seu sonho que por muito pouco não foi concretizado. Mas por isso, e por isso mesmo, deveria ter um tratamento igual a outras terras, respeitando a sua história.
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