PARQUE DE CAMPO DE BESTEIROS - origens (1)
Escrever sobre o Parque de Campo de Besteiros transporta consigo um misto de satisfação, mas ou mesmo tempo de insatisfação. Sentimentos distintos, mas surgem por razões explicáveis e sentidas. O olhar prende-se naquele espaço, mas ao mesmo tempo a memória transporta consigo imagens antigas e projectos que nos fizeram sonhar com um outro parque que não era bem aquele. Por vezes somos confundidos com a laranja no meio do lago que nos leva a pensar que estamos a ver uma laranja, mas ela não passa de meia laranja. Será aquele um parque ou um meio parque. Infelizmente, vou pela segunda opinião. Não passa de um meio parque. Revendo fotografias antigas, a nostalgia invade os nossos corações, mas vimos a preocupação que existe com as árvores denotando preocupações ambientes em que esse assunto não era ainda a preocupação. Das “gentes” da altura A rusticidade encanta e conduz-nos a outros tempos, onde se sentia orgulho pelo que se tinha e possuía. O largo do Chafariz, a feira que se espalhava pelas sombras das árvores com a sua azáfama, cheiro e sabores. Ao fundo, a feira do gado sentindo-se o odor no ar. Feira que teve grande importância nesta região de Besteiros. Todo o tipo de animal era comercializado.
Em Setembro, quando o calendário marcava oito de Setembro, a Feira Franca alegrava o ambiente, agricultura reinava e podemos afirmar que foi a primeira feira agrícola e industrial do concelho. As pessoas vinham de todos os lados à procura da erva de semente para espalhar pelos campos, após a colheita do milho. Vendia-se de tudo, vestuário, utensílios agrícolas, utensílios de cozinha, as lanternas de petróleo produzidos por indústrias artesanais.
Esta feira já se realizava por alturas de 1750, conforme é referido nas memórias paroquiais A “oito de Setembro se faz uma feira nesta freguesia, junto à Ermida da Senhora do Campo, que só tem um dia, e é franca”.
Nesta mesma época reinavam os utensílios relacionados com as vindimas que se aproximavam, nomeadamente os pipos e os artefactos relacionados com a mesma área. Havia também a parte lúdica como por exemplo as corridas de cavalos, os jogos tradicionais e outros divertimentos que enchiam o ar da vozearia das pessoas. Por isso perde-se na bruma dos tempos a realização da feira franca na freguesia de Santa Eulália de Besteiros. Talvez, aqueles que muitas vezes recorrem à História para justificar algumas realizações pensassem um pouco no local mais adequado para realizar a feira agrícola e industrial do concelho. Era a feira franca do vale de Besteiros, mas a qual também vinham os habitantes do planalto que fica a oriente desta freguesia.
Era este o nosso parque em meados do século dezoito. Era esta a nossa história que deveria ter sido considerada na construção do Parque de Campo de Besteiros.
Para alguns é despiciendo considerar na construção de algo para servir as populações “ouvir” o que tem a dizer as pedras, os vestígios, os lugares, mesmo documentos escritos que “falam” do lugar que vai ser intervencionado. A “má formação” histórica conduz a isso, porque se estamos vivos somos nós a decidir, mesmo que para isso se apague para sempre o que nos “disseram” os nossos antepassados. Nós besteirenses devemos ter orgulho no legado que os nossos antepassados nos deixaram, sobretudo preservá-lo e se possível acrescentar algo que melhore a sua qualidade. Lugares, nomes, pedras e outros artefactos são testemunhos de todos aqueles que passaram e amaram esta terra.
(continua)
Um comentário:
...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE:
CAMPO BESTEIROS ONLINE
DESEANDOOS UNAS FIESTAS ENTRANABLES OS DESEO FELIZ AÑO NUEVO 2010 Y ESPERO OS AGRADE EL POST POETIZADO DE LA CONQUISTA DE AMERICA CRISOL Y EL DE CREPUSCULO.
José
ramón...
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