Guarda-se na memória momentos
significativos da nossa terra, da nossa paróquia, da nossa comunidade
religiosa, e para mim, como de certeza para muitos besteirenses, uns dos momentos
mais altos é a Cerimónia de Quinta-feira Santa e a procissão do Encontro,
naquele lugar único de beleza rara, o Calvário.
Quando posso regresso nesta noite a
Campo de Besteiros para reviver estas cerimónias tão marcantes para um cristão.
Para mim, a cerimónia mais sublime é a
Procissão do Encontro, o momento que simboliza o amor de mãe, naquele momento de dor do encontro de
Nossa Senhora com o seu filho Jesus Cristo. Num cenário lindíssimo que é o
nosso Monte do Calvário reviveram, mais uma vez, os besteirenses aquele momento ocorrido há cerca
de dois mil anos em que Nossa Senhora acompanhada pelo apóstolo predileto João
e por Maria Madalena encontra-se com o seu filho, num momento de dor, mas
sobretudo de amor.
Hoje, num cenário com a
mesma magia, com a mesma beleza natural, mas com melhores condições, os
besteirenses subiram ao Monte do Calvário, já pela noite dentro, e mais uma vez, como em muitos
outros anos despediram-se de Nossa Senhora e do seu filho com o cântico “Boa
Noite Mãe”.
É sempre arrepiante, mas
sublime de ver o Encontro, o aproximar dos andores e toda a envolvência que o
só um monte mágico transmite, como é o Monte do Calvário ou
Monte de Cristo como era apelidado no século XVIII.
A
riqueza simbólica deste momento, o cenário do Calvário que tem uma mística
própria, mesmo única merecia outra divulgação que o tornasse o centro de interesse
das cerimónias desta Semana Santa a nível regional.
Apesar
da hora tardia é sempre revigorante voltara a Campo de Besteiros, reviver a
Procissão do Encontro, prestar a homenagem a todos os besteirenses que ano após
ano a recriaram, a manterem e sobretudo a dignificaram.
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