Há muito, muito tempo era eu, não uma criança, mas antes um
jovem, em conjunto com outros jovens estivemos bem perto da nascente do rio
Crís, até cruzámos as suas águas para outro lado num raid em direção a Campia
pela Serra do Caramulo. Pena agora não se ter ido mesmo à procura da nascente e
ter efetuado o seu registo fotográfico, numa altura em que o rio corria
límpido, ao mesmo tempo que a Pedra Furada, ainda era a Pedra Furada. Daquela aventura
que terminou cerca das duas da manhã, guardo na memória a frescura e limpidez
das águas, ao mesmo tempo de se demorar duas horas para passar um pequeno
desfiladeiro com alguma perigosidade quando se tivéssemos caminhado cem metros
para este passava-se com alguma facilidade. Coisas da juventude.
Gostaria muito de regressar aquele local, procurar a nascente
do Crís, consciente porém que a idade e o espírito aventureiro sejam já obstáculos,
e não vantagens.
Mas ideias são sempre ideias, porque não lançá-la ao ar para
que alguém a possa agarrar e corporizá-la numa expedição, não em busca do vale
perdido, nem do último moicano, mas sim da nascente do Crís.
Um comentário:
A ideia até era boa se em Campo de Besteiros ainda houvesse escoteiros, mas infelizmente até isso a juventude não conseguiu manter, o que é pena. Parecem alhiados de tudo, o que é triste. É caso para dizer arrebitem.
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