Junho, santos populares, a crise...
De junho
lembra-nos os santos populares, mais o São João, mas não esquecemos Santo
António, e também São Pedro. Não esquecemos o cheiro do rosmaninho, da aventura
vivida nos dias anteriores de ir cortá-lo. Cheiro único, bastante agradável, ao
mesmo tempo intenso como que nos inebria. Das fogueiras também não esquecemos
do saltar, o prazer de desafiar o fogo, também o defumar. Outra tradição
arreigada nas populações era o lançamento de balões, que subiam à boleia dos
ventos. Altura também das partidas, do “roubo” dos vasos, dos carros de bois,
que levava que alguns dormissem junto ao mesmo, para evitar que os mariolas
levassem a cabo os seus intentos.
Desse tempo
guardam-se memórias, mesmo muitas saudades. Hoje, acho que esses hábitos seriam
proibidos, porque o fazer fogueiras transporta consigo riscos, e então o que
dizer do lançamento de balões. Agora fica-se pela sardinha, que segundo as
notícias anda afastada das nossas costas. Pudera, correr risco de ser taxada
com impostos, elas de certeza foram informadas daquele aumento brutal no IVA.
Esquecendo um
pouco os santos populares, esquecendo as tradições, esquecendo o bulício e
alegria desses dias, surpreende-nos ver que o governo se surpreende com a subida
constante da taxa de desemprego. Acreditar neles, é acreditar que existe no
país um conjunto de pessoas desfasadas da realidade. Basta olhar para as ruas,
e ver as lojas fechadas, basta olhar para as ruas e ver a cara das pessoas,
basta olhar para ruas e ver o movimento dos transeuntes. As pessoas não andam a
brincar aos espiões, não andam a omitir informação, a dar outras informações,
as pessoas sobrevivem, até quando, não se sabe…
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