DEIXAR DE SER CALIMERO...
O que não é mensurável é por vezes ignorado por aqueles que tem
responsabilidades de conduzir as “hostes” a seu comando. Obedecer, não
contrariar será para muitos qualidades que não desprezam, porque preferem seres
abúlicos, sem reacção a qualquer sinal de contestação. Os efeitos daquilo que
se faz não se pode reduzir ao momento da sua realização, porque as ondas
produzidas devem ultrapassar em muito aquele instante, sob pena de não se
conseguir atingir os resultados pretendidos. Nada se deve esgotar no momento,
também não se deve defraudar expectativas, porque, na maioria das vezes, faz
mais aquele por uma causa, o que nem sequer mexe uma palha, mas divulga a forma
dessa palha, do que outros que a mexe muito. O mexer muito arrasta consigo
poeira para os olhos, sobretudo a dificuldade de ver para além do nosso ângulo
de visão. Saber aproveitar essas sinergias é uma qualidade de quem dirige, mas
para isso não é fechar-se na concha, e exibir a “capa”
protetora das críticas. Naquilo que se diz, naquilo que se aponta há sempre
algo a retirar, mais que não seja saber que na unidade de opinião muito
dificilmente nascerá a razão.
Agora, se temos a consciência de estar no caminho certo não deverão ser
esses obstáculos a impedir o nosso caminho, sob pena de não se demonstrar
capacidade de decisão, sobretudo de sofrimento.
Entre o dar e receber, por vezes é a diferença de continuar anónimo no meio
da multidão ou então, apesar das críticas ser reconhecido.
Irrita-me o discurso miserabilista, mesmo de conformista, porque em tudo na
vida o que se faz em primeiro lugar deve ser por nós, pela nossa satisfação
pessoal, depois pelos outros.
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