Das armas mais
mortíferas, dos soltados mais temidos eram a besta e o besteiro, o perfeito
casamento de eficácia que levou ao papa decretar que esta arma não podia ser
utilizada contra cristãos. Decisão que não foi obedecida. Mas o que lhe dava a
vantagem e a grande capacidade de destruição era o virote, ou virotão que fazia
manter a velocidade, a direção e sobretudo a capacidade de penetrar de forma
destruidora os corpos dos inimigos, sobretudo as suas proteções.
“A grande maioria era envenenada com suco de Hellebero
ou Várato Negro, vulgarmente chamado de "erva dos besteiros".
As bestas mais potentes lançavam
virotões que chegavam a pesar 150 gramas a uma distância de quase 400 metros
com uma precisão extrema, sendo a sua força de penetração muito grande,
sobretudo se o impacto fosse perpendicular ao alvo.”
Por isso, o monumento
ao Besteiro foi buscar de forma bastante feliz essa particularidade, porque de
tantas bestas que vi, nenhuma realçou aquilo que lhe dava característica única.
Mas quem não sabe é como quem não vê.
Um comentário:
Sou dos que gostam do monumento desde a sua inauguração e sou da opinião que o trabalho do Arquitecto foi muito bem conseguido e embora tenha lido muitas opiniões em sentido contrário, desvalorizando o próprio monumento em si, continuo a manter a mesma opinião e mais ainda, agora reforçada com a lição que nos foi dada pelo Dr. Joaquim Duarte,cujo teor desconhecia em absoluto. Só por isso e como o saber não ocupa lugar, aqui lhe rendo a minha homenagem e o meu agradecimento e espero que seja lido e aproveitado pelo maior numero de pessoas e que tirem desta lição a valorização que o monumento merece.
Rui Cruz
Postar um comentário