Custa ouvir que tudo é excessivo, mas mantêm o tratamento,
custa ouvir que estamos a ser duramente castigados, mas não aliviam a carga,
custa ver a destruição aos poucos da escola pública, objetivo incluído no “irrevogável”,
mas ninguém altera essa situação.
Coragem não é aquele que fala alto, coragem é aquele que
pelos seus atos luta pelo interesse geral, pelos desfavorecidos, por aqueles
que não têm voz.
Este ano vimos partir Mandela, exemplo de humanista, também
este ano vimos a rainha britânica a corrigir um erro, e a conceder perdão a um
matemático de nome Alan Turing. Tarde, mesmo muito tarde, porque esse matemático
morreu em 1954. Distinguiu-se, porque foi aquele que mais contribuiu para
informática, desencriptou o código criado pelas máquinas “enigma”, utilizada
nas comunicações dos nazis, mas tinha um "problema", era homossexual. Sendo por
isso perseguido pela justiça britânica, submetido a julgamento, tratamento
hormonais e dispensa de serviços que prestava ao governo. Tarde, mesmo muito tarde.
Por isso não quero que daqui alguns anos, venha o governo
português pedir desculpa aos portugueses por esta austeridade cega, que pelos
visto é só para alguns.
Ainda vão a tempo de emendar a mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário