Natal molhado, mesmo
muito molhado, onde a água há muito anunciada se apresentou ao serviço correndo
nos leitos dos rios, mas não só, invadindo tudo, ao mesmo tempo que vem tocada
à vento. Falam as previsões na possibilidade da queda de neve criando o chamado
Natal branco de muitas histórias que as crianças ansiavam ouvir, mas sobretudo
ansiavam ver. Mas o que vimos é muito mau tempo, muita chuva, muito vento, a
água a correr nas estradas, nos passeios, nos quintais das casas, a derrubar
muros, a arrastar consigo terras num cenário de destruição que ninguém gosta de
ver.
Hoje, dia da ceia de
Natal, da chamada consoada, da missa do galo de muitos abraços e de saudades
mitigadas de momentos idos, mas perdidos nas brumas do tempo. Por pouco tempo,
nos tornamos crianças, por pouco tempo, adoçamos a boca, por pouco tempo, nos
desligamos do mundo, por pouco tempo, esperamos que o futuro nos sorria. Das muitas
mensagens proclamadas, na sua maioria sinceras de votos de um Feliz Natal e de
um Bom Ano, onde esperamos recuperar a nossa independência.
Votos
numa língua universal com uma fotografia de Veneza, cidade de muita água, de
mil canais, de muitas histórias, mas bela como sempre.
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