1 de dezembro de 2013

1 de Dezembro - DIA DA RESTAURAÇÃO DA NOSSA INDEPENDÊNCIA


Orgulho de ser Português, orgulho de ser independente, mesmo que alguns queriram apagar este dia da História. Viva Portugal.

«Os conspiradores decidiram restaurar a linha legítima da sucessão do trono, que entendiam ter sido preterida em 1580 com a sucessão de Filipe II, visto que de direito a coroa pertencia a D. Catarina, duquesa de Bragança. Tratava-se apenas de dar o seu a seu dono; ora o herdeiro de D. Catarina era o neto dela, D. João, duque de Bragança. O duque vivia em Vila Viçosa, aparentemente afastado da vida política de Lisboa, e era considerado em Madrid como pessoa de confiança. Pouco antes da revolução, tinha sido nomeado governador militar do País. Convidado para a chefia da revolução, hesitou. Os conjurados colocaram-no perante a alternativa: ou a conservação da monarquia com ele, ou uma república de nobres. Acedeu por fim. A revolta assumiu a forma de uma operação de surpresa sobre o palácio real. Em 1 de Dezembro de 1640,... entraram de súbito no paço quarenta fidalgos, forçando as guardas, e procuraram o Secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, cuja morte tinha sido previamente decidida. Abateram-no e forçaram a duquesa de Mântua, prima do rei de Espanha e vice-rainha, a escrever ordens para que as guarnições castelhanas do Castelo de S. Jorge e das fortalezas do Tejo se rendessem sem resistência. Só depois de concluído o golpe foi pedida a intervenção do povo. "Às dez horas do dia - havendo uma que o caso acontecera - andavam as mulheres apregoando peixe pelas ruas, fruta e mais coisas de venda, e nas praças e ribeiras [estavam] as padeiras e tendeiras com aquela paz e repouso que pudera haver se o negócio fora uma coisa de pouco mais ou menos...", diz um memorialista que tomara parte no assalto ao terreiro do paço. Todo o País aderiu à revolução, mal teve notícia dela. Algumas centenas de estudantes portugueses da Universidade de Salamanca voltaram para Portugal, para se alistarem nas fileiras. Mas dos numerosos nobres que se encontravam na corte de Madrid, quase todos ficaram ao serviço de Filipe IV. A aclamação de D. João IV fez-se quinze dias depois da revolução. Houve o cuidado de, na cerimónia, seguir sem qualquer alteração as praxes tradicionais. O rei apressou-se depois a confirmar toda a legislação em vigor e manteve nos seus cargos todos os funcionários da administração filipina. (...) Logo após a aclamação, foram convocadas cortes, também segundo a forma tradicional. Aí se tomaram as providências para fazer face à guerra, que todos consideravam inevitável.»

Prof. José Hermano Saraiva in "História concisa de Portugal"

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