Se
pudéssemos entrar numa cápsula do tempo e viajar há cerca de trezentos anos
atrás, para junto do santuário da Capela de Nossa Senhora do Campo, na paróquia
de Santa Eulália de Besteiros. Noite de sete de Setembro, junto à Capela
ouve-se rezar por alguns peregrinos que percorrem de joelhos o caminho que
envolve o santuário. Aqui e ali avistam-se algumas fogueiras de devotos que vão
aconchegando o estômago, depois de terem percorrido os caminhos que conduzem a
Nossa Senhora. Uns chegaram em procissão conduzindo à frente do grupo a cruz de
Cristo e nos céus entoaram as ladainhas. Ao mesmo tempo, os feirantes vão montando
as suas bancas para a feira franca que se realiza todos os anos, no dia oito de
Setembro. Feira da agricultura, principalmente da erva, dos instrumentos
agrícolas, do sebo que vai tapar os pipos, e outros produtos relacionados com
as vindimas. Espera-se festa rija, espera-se a presença de muitos peregrinos,
por ser domingo, mas também por ser o santuário mais concorrido da diocese de
Viseu.
Seria
assim, seria grande festa, mesmo rija, seria festa de milhares de pessoas que
enchiam os campos em redor do santuário de Nossa Senhora que nas horas de
aflição era a Ela que pediam ajuda.
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