Chegada ao alto
do Coelhoso, sentes a brisa do vale que te envolve e acaricia de abraço forte
de quem já não te olha há tanto tempo, e de quem te esqueceu o nome, mas não os
teus traços fisionómicos. Apressar o passo, não é a solução, a idade não
perdoa, o coração não gosta de tanta emoção, de tanta agitação. Antes de ir,
porque não olhar para a “bela adormecida” do Monte do Senhor do Calvário.
Sorver os pulmões daquele ar puro, único, protetor, dado pela serra no seu
casamento com o vale. Do teu lado direito, a capela, caiada de branco, mas de
vidros partidos, danificada pela ignorância e desrespeito de alguns para com
aquilo que temos de mais sagrado. Junto à porta principal, uma das janelas de
vidros partidos invades o espaço com o olhar à procura do Senhor dos Passos.
As obras vão
avançando em bom ritmo que mudarão a face do Monte do Calvário transformando
aquele espaço e, algo de mais moderno, sobretudo talvez mais urbano. Mudar ou
as mudanças transportam sempre consigo a incerteza, por vezes a dúvida, outras
vezes, a insegurança, mas tudo aquilo que contribua para aproximar o monte dos
besteirenses é bem-vindo, de braços abertos é recebido e aceite.
O que se olha,
agrada, até seduz, por isso mesmo, não se sabendo o resultado final está de
parabéns o município por essas obras.
Um comentário:
Esperamos que depois das obras prontas não se verifiquem os actos de vandalismo, pelo que a Junta de Freguesia deve em colaboração com as autoridades policiais, nomeadamente a GNR,providenciar na segurança do Monte Calvário, com passagens frequentes das patrulhas e também de pessoas que prezam a segurança, bem estar e a preservação do nosso património.
Rui Cruz
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