29 de janeiro de 2013

RISCOS E RABISCOS DE BESTEIROS


O Ti Zé Augusto está cada vez mais convencido que isto não vai lá, nem vai melhorar. O Ti Zé, do alto dos seus cabelos brancos, de muitos invernos passados, olha para estes políticos saídos das jotas como políticos sem experiência de vida, sem experiência de mundo que olham para as pessoas como meros objetos, não como pessoas que dão ênfase e sentido às coisas. Por isso cada vez mais pensa que isto não vai lá, porque muitos deles vão chegar a lugares de topo, outros já chegaram e com os resultados que se conhecem.

Fala-se que se voltou aos mercados, regozija-se, alguns dão loas ao vento, mas o povo, o povo que sente, o povo que sofre, sabe, sente que ir ao supermercado é uma odisseia ao olhar-se para os trocados. Sabe e sente cada vez mais tristeza, porque a sua casa está vazia, porque os seus filhos, licenciados saíram para as estranjas. Sabe e chora da dor da separação, da mesa da vazia, do olhar do desemprego.

Por isso voltar aos mercados, sem o país é somente para inglês ver, porque nada mudou nas nossas vidas.

O Ti Zé Augusto sabe, sente, sofre, mas, mesmo lá no fundo, mesmo muito ao longe espera encontrar uma luz de esperança, mas para isso tem de pisar a relva daninha que existe por aí…

 

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