19 de agosto de 2012

RISCOS E RABISCOS DE BESTEIROS

OS JOVENS E OS COMPORTAMENTOS DE RISCO

Daquelas imagens que se guardam, principalmente devido ao choque que nos produzem, e as interrogações que transportam consigo. Um amanhecer de verão, junto à praia, próximo dela uma discoteca popular na zona. Havia pouco tempo que tinha acabado a “noitada”, os jovens prestavam-se para regressar às suas viaturas, porém, outros deslocavam-se a pé para apanhar um transporte público para o regresso a suas casas. Dois jovens tentavam arrastar uma jovem que mal se segurava em pé, apesar de também o equilíbrio deles não ser o melhor, e numa voz entaramelada desabafava – “que não sabia o que tinha acontecido, mas talvez tivesse sido da bebida, mais aquilo que tomara”. Espetáculo triste de ver, sobretudo de compreender, ainda mais quando somos confrontados com uma reportagem do jornal Expresso sobre o consumo de álcool e não só, porque o mesmo é aliado a outras substâncias,  pelos mais jovens. Existe uma grande irresponsabilidade, onde o medo não provem da autoridade, mas mais do que pode acontecer com o carro. Inversão de valores, ao mesmo tempo que promove uma cultura de assumir riscos unida a uma crescente desresponsabilização das famílias.
Será importante parar para refletir, será importante dimensionar o problema de uma forma clara sem subterfúgios, porque não é olvidá-lo que o mesmo se resolve, não é deixar alcoolizada a turba, que os mesmos não sentem a crise do país. Pão, circo e feras já passou esse tempo, agora pretende-se medidas reais.

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