21 de agosto de 2012

CAMPO DE BESTEIROS VIU PASSAR A VOLTA A PORTUGAL


O relógio aproximava-se das três da tarde, e ao mesmo tempo de todas as ruas chegavam inúmeros besteirenses à parte mais nobre da vila, onde dentro em breve passariam os ciclistas. Apesar de ser uma imagem já gasta, o ciclismo é o desporto do povo, daquele que passa à nossa porta, nas nossas ruas de todos os dias. São momentos fugazes, mesmo muito rápidos, mas são momentos intensos, de alegria, de procura aonde vai a camisola amarela. O som da sirenes aguça-nos atenção, desperta-nos a curiosidade perscrutamos a avenida para ver a entrada destes heróis da estrada na nossa avenida principal. São muitas as cabeças a olharem na mesma direção, a preparar as máquinas fotográficas, agora também os telemóveis, outros as mãos para aplaudirem a passagem dos ciclistas.

Na frente vem um numeroso grupo de dezassete ciclistas que pedalam com cerca de seis minutos de vantagem em direção a Viseu. Mais tarde o numeroso pelotão, á frente a equipa do camisola amarela, Hugo Sabido, um pouco atrás os seus principais adversários que se marcam com o olhar. No ar, o helicóptero da transmissão televisiva transmitia para todo o mundo a nossa terra, a avenida Dr. Afonso Costa, o parque de Campo de Besteiros e o repuxo do lago, a rua Dr. João Almiro, a Corte onde decorreu o abastecimento. Lamenta-se porém, que ao contrário do Tour de França, a televisão não identifique os locais por onde vai passando a prova, porque teria sido um magnífico cartão de apresentação.

De resto, e para a história na chegada a Viseu ganhou um corredor norte-americano, seguido de um espanhol, como que a dizer-nos que mundo é cada vez mais pequeno, onde multiculturalidade está presente.
Por fim vimos passar o carro da vassoura, agora com um aspeto diferente, mas sempre significativo na mensagem que transmite, no nosso caso do desmobilizar, ao mesmo tempo de proceder ao regresso a casa, à vida de todos os dias, neste caso, dias de muito calor.
Apetece agradecer à organização da volta a Portugal de nos proporcionar ano após ano este espetáculo, algumas vezes com metas volantes, outras só passagem, mas que nos anima e faz pensar que ainda estamos no mapa.

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