4 de julho de 2012

HISTÓRIAS DE VIDA - PESSOAS COM NOME


Música, palavra mágica, a que todos anima transportando-nos com os seus acordes para diferentes mundos. Apura-se o ouvido, calam-se as palavras, ouve-se com deleite qualquer partitura desde que seja bem tocada. Ouve-se nas ruas da grande cidade, no metro, de forma espontânea, libertária sem amarras ditadas pelo comercial. Raramente se ouve sem motivo, junto ás estradas, como ouvi na via rápida que liga Ankara a capadócia, na Turquia asiática. Indiferente ao trânsito, indiferente à confusão o “nosso” músico delicia-nos por uma moeda que lhe queiram oferecer.
Outra história esta sem moeda nenhuma, nem é por elas que aquele “músico” vai para junto do comboio.
Comboio passa sem dar por ele, sem sequer lhe dar alguma importância, sem sequer apitar, porque ele nem sequer se encontra no meio da linha. Cem metros separam aquele caminho que nasce no meio do pinhal da linha do Douro. Todos os dias, dia após dia com sol ou à chuva acompanhado da sua flauta toca à passagem do comboio. Nem sequer se ouve a música no comboio que na sua pressa abafa os ruídos em volta, mas isso não o desanima, não o faz desistir da sua persistência de “dar” música ao comboio.
Da sua inocência, da sua imaginação toca as suas “sonatas” como aquele fosse um momento único que se revive dia à dia. Impressiona a sua regularidade, o seu gosto e paixão pelos comboios.

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