29 de julho de 2012

CÉSAR DE MATOS, Um Olímpico esquecido...(parte II)


Em continuação da referência a César de Matos foi considerado um dos melhores jogadores portugueses dos anos vinte, formando com Tamanqueiro e Augusto Silva, a linha média da seleção olímpica portuguesa que participou nos jogos Olímpicos de Amsterdão de 1928.
Como besteirense que era, não podia deixar de ser um lutador indomável, com grande poder de elevação sendo apelidado do “jogador que voa”. Muito temperamental, denotava alguma irreverência, própria da juventude, mas mal aceite naquela época. O seu forte temperamento causou-lhe algumas vezes dissabores, tendo corrido mesmo o risco de perder a convocatória para a seleção olímpica.
Campeão de Portugal pelo seu Belenenses, e internacional olímpico, apesar disso, mostrava-se sempre disponível para colaborar com o clube da sua terra natal: algumas vezes orientando treinos, outras alturas, arbitrando jogos.
Na minha pesquisa inicial tinha encontrado a referência que César de Matos exerceu a profissão de eletricista, mais tarde surgiu a referência que trabalhou como torneiro no Arsenal do Alfeite.
Pessoa muito respeitável, porque quando vinha visitar a região de Besteiros, os jornais registavam a sua presença, sempre com palavras elogiosas. Como, por exemplo, na Folha de Tondela de 19 de Setembro de 37, referia que “ César de Matos, o grande jogador internacional olímpico, conhecido pelo jogador que voa, encontra-se na nossa terra a passar uma temporada com a sua família, tendo ministrado alguns treinos aos jogadores besteirenses.”
Sem dúvida, a figura desportiva besteirense com maior destaque, a merecer outro tipo de reconhecimento!

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