Num tempo em que fomos diferentes....
Algumas terras não têm História, nem se lhe conheceram feitos
de monta para serem distinguidas, outras têm feitos, contribuíram com algo que
transformou a sua região, e mesmo o país, mas a inabilidade, outras vezes a
falta de condições financeiras obstou a que se distinguissem e perdurasse a
memória dos seus feitos. Na maioria das vezes até não é necessário empenhar
muitos recursos.
Por isso, merece ser referenciado Campo de Besteiros, ou a região
de Besteiros como berço da avicultura. Outras realizações sem tradição são
deslocadas para o “centro”, onde os animais e pastores se reuniam ao som dela,
ou ao tom, outras porém, e muito bem, para os locais a que se ligam. Por isso,
ainda temos tempo, porque não lembrar o frango, onde ele foi introduzido como
opção comercial e criado em grande escala. Porque não? Não o merecemos? Do
respeito das memórias e sobretudo do respeito por aquilo que ainda existe e que
devia ser inventariado. Ter sido o berço da avicultura irá perder-se com o
tempo, até soará estranho, o nome da rua Pioneiros da Avicultura aos vindouros.
Nós não devemos esperar que outros façam aquilo que nos compete. Nós, ao vermos
desaparecer parte da nossa História, parte da nossa memória sem sequer fazer um
gesto, sem sequer desenvolver uma ação concreta na preservação desses vestígios
da industrialização da avicultura, não somos dignos de nos queixarmos, nem
sobretudo de protestar que nos ignoram. Dizem alguns que foram os de fora, um
pouco perturbados pela dor de cotovelo. É verdade, sempre foi uma virtude
besteirense receber os forasteiros de braços abertos e proporcionar as
condições para que pudessem desenvolver os seus projetos. Mas para isso não se
deve ficar parado, a olhar da esquina como que se esperasse a ação de outros. Deveria
dar-se os primeiros passos para um projeto museológico que de forma real
contasse às gerações a história da avicultura, a sua introdução, os primeiros
passos, os primeiros utensílios, as primeiras espécies criadas, as primeiras
farinhas, os primeiros sacos.
6 comentários:
Se houver vontade e iniciativa, ainda se pode recuperar o tempo perdido e de que outros se querem aproveitar. Porque não um monumento ou um oblisco a erigir na Praça da República, a perpétuar a memória dos que intruduziram a avicultura em Portugal e memorizar Campo de Besteiros como o berço da avicultura em Portugal e não venham com o argumento da falta de dinheiro, pois se houver iniciativa e audácia o dinheiro aparece, nem que seja necessário recorrer aos bons besteirenses que felizmente existem e não se devem esconder na hora de ajudar, se essa ajuda lhe for solicitada. Saudações besteirenses.
Estou em sintonia com o exposto no comentário anterior. Penso que pode ser um dos temas a debater no próximo futuro congresso de Besteiros. Penso igualmente que uma vez que a antiga escola vai ser desactivada com a transferência para a nova escola EBI na Corte, a mesma pode e deve ser entregue á Junta de Freguesia para lá se instalar e aproveitar parte das instalações para o futuro Museu da Avicultura e outras actividades de carácter cultural e ludico. Besteirenses meditem sobre isto.
Dr. Joaquim Calheiros, é sempre um prazer ler e meditar sobre os seus considerandos a favor da nossa querida terra. Sou inteiramente e solidariamente a favor de todas as suas ideias e propostas. Que as gentes de Besteiros se proponham a avançar, se deixem de comodismos e lutem pelo engrandecimento da terra que é nossa e que deve ser engrandecida e que trilhe finalmente os caminhos do progresso.Se não formos nós a lutar por ela, outros de fora certamente não o farão.
Uma sugestão e apoiar por todos os besteirenses e um dos assuntos que podem ser debatidos no futuro Congresso
Se todos os habitantes de Campo de Besteiros derem as mãos por um ideal,esta vila pode ser ainda mais forte e desenvolvida, basta porem os olhos num punhado de besteirenses de um passado recente e tudo o que eles conseguiram.Força besteirenses unão-se num objectivo comum e longe das politiquices, que neste caso só servem para dividir. Deixem a politica para os outros.
Estou muito sensibilizado por verificar que muitos besteirenses estão a despertar para a nossa bela adormecida e com vontade de a despertar da longa letargia que a tem perseguido nos ultimos tempos.Força besteirenses
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