26 de abril de 2012

PESSOAS COM NOME...


Na paragem do autocarro

Todos dias, ele encontra-se parado na paragem de autocarro. Dá uns passos para direita, volta para trás, olha para estrada, ao mesmo tempo vê passar o trânsito. Outras vezes senta-se no banco da paragem. Dias a fio, sem destino, ele espera o seu autocarro imaginário. Os autocarros chegam, carregam pessoas, descarregam pessoas, ele fica imperturbável, porque aquele não é o seu autocarro. Ainda não chegou, não sabe se chegará, será somente a espera de alguém. Por vezes olha para o relógio, de seguida olha para a estrada, maneia a cabeça, e regressa à velha rotina de passos perdidos.
É daquelas “figuras”, que se simpatiza sem sequer lhe termos dito alguma palavra. Nele está uma história de vida, não de vida sem sentido, porque toda a vida tem o seu sentido, mesmo parecendo não ter sentido nenhum.

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